segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

OS  DIFERENTES  NÍVEIS  DE  ALMA  DE  ACORDO  COM  A  CABALA

   Olá a todos! Nesse post vou falar um pouco sobre o conceito cabalístico de "níveis de alma" e consequentemente de diferentes "universos de manifestação".
   Para os que estão começando a adentrar nos assuntos cabalísticos entender essa terminologia e significado desses conceitos pode ser complicado, não é o tipo de coisa que se encontra facilmente outros objetos para fazer analogia que serve de exemplo facilmente compreendido, não há muitos conceitos equivalentes com os quais a maioria está acostumado, são descrições típicas da cabala. Mas uma boa introdução que eu recomendo pode ser encontrada no meu livro "O Conhecimento da Cabala" link á direita do blog.
   De acordo com a cabala, o universo não é composto apenas desse plano tridimensional/material em que vivemos, na verdade esse é o plano mais grosseiro, limitado e o último a ser criado. Outros planos são mais amplos, mas, Deus (no sentido mais abrangente, não apenas no sentido antropomorfo de velhinho barbudo ditador cósmico que povoa o imaginário popular) é capaz de se manifestar em todos esses universos, o ser humano em seu estado comum é que não é capaz de ter esse contato direto com a manifestação divina, por isso, em suas manifestações em nosso mundo físico ele costuma se apresentar através de "véus", que são filtros. Devido a esses "filtros" nossa visão dele é deturpada, vemos apenas uma fração distorcida do todo. Um exemplo disso é a manifestação da "sarça ardente" para Moisés sobre o qual falei no post anterior intitulado "MOISÉS, O  GRANDE  INICIADO". Em um sentido mais profundo, essa imagem é apenas uma metáfora, um objeto anormal usado para mostrar o quanto Deus se diferencia de nossos conceitos mundanos e limitados. Os universos de manifestação de acordo com a cabala são quatro: assiah (a séfira malkut pertence a esse plano) yetsirá (as séfiras gevurá, chessed, tiferet, hod, yessod e netsach pertencem a esse plano) briá (a séfira biná pertence a esse plano) e atzilut (as séfiras keter e chocmá pertencem a esse plano). Assim como as séfiras da árvore da vida pertencem a diferentes planos de manifestação, também as almas das pessoas atingem diferentes níveis de evolução. Uma ilustração mostrando a que universo de manifestação pertence cada séfira na árvore da vida:


   Veja essa explicação dada em forma de nota do editor no livro "Meditação e Cabalá":

   "(...) alguns cabalistas ensinam que a alma não é despertada de forma uniforme ou completa no corpo físico; quando a criança nasce, juntamente com o primeiro sopro desperta-se a Néfesh, a parte mais primitiva da alma, que permite ao indivíduo a força de Guf (corpo físico); com aproximadamente 13 anos manifesta-se a Rúach, a parte da alma responsável pelo intelecto e pela capacidade de argumentação; entre os 28 e 36 anos, o ser acorda a Neshamá, a compreensão interna do lado espiritual, que permite o alcance de níveis mais altos de conexão com o Divino. As duas mais altas partes da alma, Chaiá e Iechidá, são concedidas aqueles que já estão em um nível espiritual muito alto ou próximos da morte. Mas, nem sempre é assim. Alguns indivíduos despertam as três primeiras camadas da alma logo na infância; outros, passam a vida toda só com as duas primeiras -são os intelectuais ateus, que não conseguem crer em Deus simplesmente porque não conseguem alcançar a compreensão de nada além da matéria. E, ainda que isto represente algo não natural, existem poucos privilegiados, com missão bem definida, o que faz com que recebam o despertar das cinco partes da alma logo na passagem da adolescência para a fase adulta. Entre esses, posso indicar Isaac Luria, Moshe Luzatto, Arieh Kaplan e outros, que vão 'embora' cedo pois completaram suas tarefas em tempo recorde!"

   Resumidamente, a "alma primordial" chama-se "néfesh", é a alma em seu estado mais simples ligada a impulsos instintivos, a essa categoria pertencem as almas dos animais, dos bebês humanos, das entidades forma-pensamento e dos golems criados pelos grandes adeptos. "rúach" é o próximo nível quando a alma desenvolve a capacidade de compreender de modo lógico vários assuntos. O próximo nível é "neshamá" quando a alma desperta a capacidade de sondar os assuntos espirituais de modo maduro, esse nível é alcançado geralmente na idade adulta. "Chaiá" é um nível acima alcançada por volta dos 40 anos. O nível mais elevado alcançado pela alma é chamado "iechidá" quando a alma já tem capacidade de penetrar os grandes mistérios divinos e do universo, nesse nível ela já está apta a ter um contato direto com o divino, sem filtros. Esse nível geralmente só se alcança na velhice. O editor citou nomes de grandes santos que faleceram jovens por já terem cumprido suas missões e alcançado os níveis elevados de alma rapidamente. O nível mais elevado é o que foi alcançado pelos grandes iluminados do passado como o patriarca Enoch, o profeta Elias e El Khidr patrono da ordem muçulmana sufi, todos esses citados transcenderam o nível mundano da existência através da ascensão espiritual e tornaram-se imortais ainda hoje lembrados ( e mantendo contato) pelos adeptos de alto nível de todas as ordens iniciáticas e tradições esotéricas.  

sábado, 1 de dezembro de 2018

MOISÉS, O  GRANDE  INICIADO

   Olá pessoal! Nesse post vou falar de forma compactada sobre a vida de um dos personagens que mais marcaram a história da humanidade e que é considerado o grande legislador (e profeta) dos judeus, além de ser considerados pelos adeptos como um eminente cabalista: Moisés.
   O primeiro desafio a ser encarado pelos que tentam rastrear a história de Moisés é tentar estabelecer em que época ele teria vivido. Segundo alguns pesquisadores, o faraó que reinava no Egito quando Moisés guiou o povo hebreu para a "terra prometida" Canaã seria Ramsés II que nasceu em 1303 a.C. e reinou de 1279 a. C. a 1213 a. C. Então o faraó responsável pela política de perseguição aos hebreus mandando matar os filhos deles recém nascidos e deixando os filhos do sexo feminino vivos teria sido Seti I. As melhores fontes para tentar rastrear as origens de Moisés são a Bíblia e o Alcorão, e, tentarei deixar registrado aqui para os leitores os capítulos e versículos desses livros de onde tiro as citações.
   Segundo a Bíblia, Moisés era oriundo da família de Levi (que veio a se tornar a casta sacerdotal judaica) e quando a perseguição aos meninos hebreus foi promulgada ele mandou colocar seu filho em um cesto de junco e jogá-lo no rio (o Nilo, embora seu nome não seja citado na Bíblia), então a filha do faraó viu o cesto com o menino quando se banhava no rio e tomou-o para si adotando-o, a irmã de Moisés Mirian que acompanhou a trajetória do cesto recomendou a filha do faraó que contratasse uma mulher dos hebreus para amamentá-lo, e assim a própria mãe de Moisés se tornou sua ama-de-leite. O nome "Moisés" significa "tirado das águas". Essa narrativa se encontra no livro de Êxodo cap. 2. Já o Alcorão diz que a mulher que adotou moisés era esposa do faraó, mas, era costume tanto da Pérsia quanto do antigo Egito que os irmãos filho e filha dos reis se casassem, portanto é possível que a esposa do faraó fosse sua própria irmã. Tanto narrativas relacionadas a Abraão quanto a Moisés aparecem em muitas partes do Alcorão, mas, as mais diretas sobre Moisés estão no cap. ("sura" em árabe) 28 intitulada "As Narrativas" e o cap. 20 intitulado "Taha". O Alcorão diz que Moisés foi criado no palácio egípcio, portanto, conheceu bem a língua, costumes, e até os segredos ocultos do antigo Egito. Então, certo dia ele resolveu sair do palácio se aproveitando de uma distração dos tutores que o vigiavam para ver como era a vida lá fora na cidade, assim, ele viu um egípcio maltratando um hebreu e tomou partido desse matando o egípcio. No dia seguinte, o mesmo homem que ele ajudou estava em uma disputa e Moisés quis ajudá-lo, mas, o adversário desse lembrou-lhe do homem que ele havia matado no dia anterior, por isso Moisés temeu pelo julgamento e fugiu para Madiã (ou Median) que fica a oeste do monte Sinai. Essa região era habitada por uma tribo semelhante a árabes nômades e Moisés se refugiou junto a um poço. Segundo a Bíblia, as sete filhas do sacerdote de Madiã, Jetro, foram até o poço para pegar água para das de beber aos seus rebanhos mas foram expulsas por outros pastores, e, Moisés vendo essa injustiça pegou água do poço e deu de beber aos rebanhos delas, segundo o Alcorão, eram apenas duas filhas de Xuaib, o mensageiro de Deus enviado ao povo de Madian, um povo de árabes nômades que era famoso por fraudar as balanças durante o comércio que praticavam com estrangeiros. No dia seguinte, as filhas de Jetro/Xuaib convidaram Moisés a tenda de seu pai, e esse foi bem recebido e contou a história de sua fuga do Egito a Jetro/Xuaib que ofereceu-lhe um contrato de trabalho no qual teria direito a se casar com uma das filhas dele ao trabalhar pastoreando seu rebanho, Moisés aceitou e se casou com Tzefora (chamada de "Séfora" na Bíblia). Certa vez, Moisés já maduro e pai de família viu uma luz enquanto pastoreava o rebanho e foi até onde essa luz estava, (segundo o Alcorão, esse lugar era o "vale de Tawa" ou "vale de Tôua"). A Bíblia diz que ele viu Deus se manifestando em uma chama em um arbusto que ardia mas não se consumia. Na verdade, os cabalistas dizem que isso não passa de uma analogia simbólica, pois, Deus não pode se manifestar diretamente a homem algum que não esteja espiritualmente preparado, por isso ele se apresenta através de "filtros" como nesse caso. Deus se manifestou a Moisés e mandou ele jogar seu cajado no chão que se transformou em serpente, depois mandou ele colocar a mão dentro da túnica que saiu branca de lepra e depois voltou ao normal, esses são sinais que ele devia mostrar ao faraó como prova de que ele era um representante do Deus único e para lhe pedir para deixar os hebreus saírem do Egito. No Alcorão cap. 20 versículos 17 a 21, veja:

   "'Que seguras na mão direita, ó Moisés?'                                            Respondeu: "É meu cajado, no qual me apoio. Com ele, quebro folhagem para meus carneiros. E serve-me para outros usos."               Ordenou Deus: "Joga-o no chão, ó Moisés."                                   
   E Moisés lançou-o ao chão, e eis que o cajado virou uma serpente em movimento.                                                                           
   Deus ordenou: "Agarra-a, e nada temas, voltaremos-a a seu estado original."
                                                                                                   
   Muitas lendas foram criadas em torno desse cajado de Moisés através do qual ele realizou grandes milagres e que também era símbolo de sua autoridade, tornou-se objeto de mitos e especulações. Moisés argumentou que não tinha um linguajar eloquente e pediu para deixar seu irmão Aarão lhe ajudar nessa missão. Ao apresentar seus milagres diante do faraó, esse se recusou a conceder a saída dos hebreus, pediu opinião a seus conselheiros que recomendaram chamar outros "mágicos" para mostrar uma magia maior e ainda pediu a Haman para mandar coser tijolos e construir uma torre semelhante a torre de Babel em afronta ao deus de Moisés (Haman é citado apenas no Alcorão e provavelmente era um conselheiro ou general do faraó que incentivava a política de opressão aos povos estrangeiros que habitavam o Egito). De acordo com o livro pseudo-epigrafado "Testamento de Salomão" escrito nos primeiros séculos d.C. a arrogância do faraó foi instigada pelo demônio Azethibod que tinha a aparência de uma criatura com uma asa apenas e que ficou "lacrado" no Mar Vermelho após a travessia dos hebreus (para mais detalhes sobre isso recomendo outro livro meu onde falo sobre os mistérios relacionados a Salomão que pretendo publicar futuramente). Moisés atravessou o Mar Vermelho que se abriu junto com o povo hebreu e os soldados do faraó se afogaram quando tentaram perseguir os hebreus. Depois disso o que se segue é a orientação de Moisés aos hebreus sobre o que é permitido ou proibido, a orientação para a criação de certos artefatos como a Arca da Aliança e quarenta anos de peregrinação errante no deserto antes da entrada na "terra prometida" de Canaã (os cabalistas bem sabem que esse número "quarenta" é puramente simbólico). Em certo momento, Moisés se retirou para o monte para consultar Deus e receber revelações (muitas especulações existem sobre esse monte, uns dizem que seria o "Monte Horeb" outros dizem que seria o "Monte Sinai" mas qual seria exatamente essa montanha permanece um mistério). Enquanto Moisés estava nesse monte e recebeu as "tábuas" contendo os dez mandamentos, o povo hebreu se perverteu e criou um bezerro de ouro fundindo suas joias de ouro e adorando-o como seu deus. Segundo a Bíblia no cap. 32 de Êxodo, enquanto Moisés etava fora no monte o povo hebreu pediu a Aarão permissão para fazer a imagem do bezerro de ouro e Aarão até orientou seu feitio. Mas o Alcorão diz que quem orientou os hebreus a fabricar esse bezerro foi um estrangeiro que estava entre o povo hebreu, um homem samaritano. Quando Moisés voltou e viu a idolatria do povo hebreu recriminou duramente seu irmão Aarão e esse disse que foi culpa do samaritano. Veja o trecho do Alcorão cap. 20 versículos 95 a 97:

   "Moisés disse: 'E tu, que tens a dizer, ó samaritano?'                         Respondeu: 'Vi o que os outros não viram. Tive então o impulso de apanhar um punhado de terra das pegadas do Mensageiro (Moisés) e jogá-lo contra o bezerro.'                                                  
   Disse Moisés: 'Afasta-te daqui. Teu quinhão da vida será repetir: 'Não me toques'. (significa que ele foi amaldiçoado com a lepra). E terás um encontro marcado que não falhará. Contempla teu deus a quem te dedicavas. Queimaremos-o e jogaremos suas cinzas no mar."

   A ideia de criar a imagem de um bezerro para adorar como deus pode ter vindo da Índia. O antigo Egito era uma nação multicultural e recebia estrangeiros de partes tão distantes do mundo como Grécia, regiões da África, Pérsia e a Índia. O culto ao deus/boi Ápis popular no Egito ainda na época do imperador romano Augusto deve ter evoluído a partir da superstição dos indianos do Egito e é possível que esse samaritano tenha se baseado nisso para orientar os hebreus a criar a imagem de um bezerro. Quanto a ideia de pegar um punhado de terra das pegadas de Moisés, isso de chama "energia vibracional". Cada indivíduo possui uma energia vibracional própria exalando de seu corpo, por isso objetos pertencentes as pessoas ou mesmo peças de roupas costumam serem usadas nas "magias simpáticas" para afetar o indivíduo a distância, é um conhecimento praticamente institivo e a razão de alguns indivíduos nos tempos de Jesus quererem tocar em suas vestes para serem curados de suas moléstias, pois sabiam que a "energia vibracional" dele era capaz disso. O Alcorão ainda diz que esse bezerro de ouro emitia mugidos, isso por que quando Moisés saiu para o monte o samaritano tendo visto pessoalmente os feitos extraordinários realizados por Moisés sabia institivamente que a energia dele era capaz de feitos extraordinários, por isso pegou um punhado de terra de onde ele tinha pisado e quando o bezerro ficou pronto jogou sobre essa estátua que passou a emitir mugidos (esse detalhe dos mugidos só aparece no Alcorão, não na Bíblia). Ilustração representando Moisés:
   A igreja dos Mórmons também chamada de "Igreja dos Santos dos últimos Dias" possui entre seus livros sagrados um chamado "Testamento de Moisés" no qual é narrado que Moisés certa vez foi chamado ao monte e Deus revelou-lhe mentalmente muitos dos planetas onde haviam civilizações que ele governava, Moisés ficou aturdido com essa visão e desmaiou. Ao despertar, Moisés reconheceu que Deus era o senhor de "muitos mundos" (civilizações extraterrestres) e o Diabo se apresentou a ele exigindo ser adorado. Moisés se recusou a adorá-lo e esse ficou furioso, por fim ele saiu de cena e Deus retornou dizendo que aquele havia sido um teste no qual ele passou. A morte de Moisés se encontra narrado no cap. 34 de Êxodo veja:

   "Subiu Moisés das planícies de Moab ao monte Nebo, ao cimo de Fasga, defronte Jericó. O Senhor mostrou-lhe toda a terra, desde Galaad até Dã, todo Neftali, a terra de Efraim e de Manassés, todo território de Judá até o mar ocidental, o Negeb, a planície do Jordão, o vale de Jericó, a cidade das palmeiras até Segor. O Senhor disse-lhe: 'Eis a terra que jurei a Abraão, a Isaac e a Jacó dar a sua posteridade. Viste-a com os teus olhos, mas não entrarás nela.'             E Moisés, o servo do Senhor, morreu ali na terra de Moab, defronte Bet-Fegor, e ninguém jamais soube o lugar do seu sepulcro. Moisés tinha cento e vinte anos no momento de sua morte; sua vista não se tinha enfraquecido, e o seu vigor não se tinha abalado."

   Por esse trecho entendemos que após sua jornada, Deus pediu a Moisés para subir ao monte, e, como último teste disse a ele para se suicidar se jogando do alto, antes disso Moisés já tinha passado sua autoridade a Josué que passou a liderar os hebreus. Esse trecho também diz que embora Moisés tivesse 120 anos, ainda estava vigoroso e não um velhinho acabado. Quanto ao destino de seu corpo, a carta de São Judas diz no versículo 9:

   "Ora, quando o arcanjo Miguel discutia com o demônio e lhe disputava o corpo de Moisés, não ousou fulminar contra ele uma sentença de execração, mas disse somente: 'Que o próprio Senhor te repreenda'."

   Certamente o diabo tinha motivos para querer o corpo de Moisés, seria útil a ele para muitas coisas obscuras além dele se vingar dele por não tê-lo adorado. Resta somente a respeito de Moisés citar duas coisas: um livro conhecido da tradição cabalística chamado "A Espada de Moisés" que se trata de uma série de fórmulas baseadas em "nomes de Deus, um típico grimório possivelmente escrito por um rabino na Idade Média. E também o que Blavatsky tem a dizer a respeito de Moisés, está na excelente biografia dela "Madame Blavatsky, A Mãe da Espiritualidade Moderna" cap. 5 pag. 115:

   "Essa Cabala, a primeira e a original, foi alterada depois por Moisés, um 'ambicioso profeta e médium' que trocou seu espírito familiar, o vingativo Jehovah, pelo espírito de Deus."

   Essa declaração de Blavatsky sugere que a princípio Moisés (que seria um tipo de médium) servia-se dos favores do "espírito familiar" Jehovah (o mesmo de "Iawel" entidade adorada em Canaã) depois passou a servir ao Deus único. Quanto a tradição presente na arte da Idade Média e Renascença da Europa de representar Moisés com chifres recomendo darem uma olhada no meu outro blog: ricardodias7.blogspot.com.br post de título "OS CHIFRES DE MOISÉS" onde explico a razão disso. No mais, a tradição da cabala considera Moisés um grade adepto que conheceu a fundo os mistérios e tradições mágicas do antigo Egito e foi certamente um cabalista que preservou essa tradição e transmitiu-a a outros, parte da qual chegou até os cabalistas dos dias atuais, além de ter deixado para trás certos "artefatos mágicos" hoje perdidos ou ocultados de olhos profanos.